A genteney conversou com o Alexandre Nickel, o Fly da banda TÓPAZ e ele nos contou um pouco mais sobre a banda, o que ele anda lendo e ouvindo, sua opinião sobre programas de talentos. Falou também sobre o acidente e a recuperação do Cris Möller e muito mais. Confira:
De onde surgiu a ideia do clipe da música Se For Pra Tudo Dar Errado? É um clipe que mexe com o emocional do público. Como foi gravá-lo e onde ele foi gravado?
Surgiu inspirada na letra mesmo. É uma música que é super importante pra gente. Colocamos muito do que a gente sente, muito do que é a banda no momento dessa gravação e ficamos muito satisfeitos com o que essa música é e o que ela representa pra gente. Nós queríamos um clipe que fosse realmente importante, grandioso, que passasse uma mensagem. Então surgiu a ideia de imprimir o que a letra fala, principalmente o refrão, de uma forma que nós não considerássemos óbvia, que não fosse romantizado e sim, algo mais relacionado com a amizade, de amigos que ficam juntos independentemente do que aconteça. Foi muito legal gravar, porque foi um dia inteiro de gravação, que passamos com nossos amigos e um monte de figurantes que acabaram por virar nossos amigos também. Nós gravamos em 3 locações diferentes: Uma em Porto Alegre, uma em um sítio na cidade de Gravataí e outra em uma casa muito legal em Eldorado do Sul. Foi realmente super legal, foi um dia com nossos amigos.
Qual das músicas da banda vocês mais gostam de tocar e mais emociona vocês?
Acho que todo artista sempre tem uma ligação muito forte com os últimos trabalhos, e com a gente não é muito diferente. Nós acabamos fazendo só um show do último disco, mas acho que tocar Uma Palavra ao vivo pela primeira vez foi muito inesquecível. E as músicas que a galera mais gosta, as mais conhecidas, sempre são legais de tocar. Mas o sentimento que tivemos tocando o disco novo, principalmente a música Uma Palavra foi inesquecível.
Quando você soube do acidente do Cris Möller, qual foi seu primeiro pensamento em relação a banda?
Não teve nenhum pensamento em relação a banda, na verdade. Foi mais: “Caramba, meu amigo sofreu um acidente!”. Mas em relação a banda mesmo, não teve nenhum.
Como vai ser pra vocês o dia 30/08? Além de ser o primeiro show sem o Cris, o mesmo será em prol dele. Qual sentimento que fica? Como está a recuperação do Cris?
Acho que esse show do dia 30 vai ser muito importante pra gente. Faz muito tempo que não tocamos e o nosso sentimento é que não temos muita vontade de nos reunir pra tocar se não for por outra coisa, a não ser pra ajudar nosso brother a se recuperar. Então é o que a gente pode fazer no momento. É fazer o que a gente sempre fez, que é fazer um show pra galera e reverter toda essa grana para o que ele precisar de tratamento. Acho que o sentimento que fica é que a gente quer que ele melhore e também rever o pessoal. A recuperação dele é continua e lenta. Aos pouquinhos ele vai se recuperando e nós temos ciência que isso é um processo demorado, mas estamos felizes que ele está se recuperando e estamos sempre ao lado dele, torcendo e fazendo o que a gente pode.
Um lugar que vocês sonham em tocar, mas ainda não surgiu a oportunidade?
Nós tocamos em tantos lugares legais… tocamos praticamente em meio Brasil. Tocamos em festivais gigantescos e somos super-realizados com isso. Mas tem alguns lugares, que particularmente eu queria muito tocar, que é o Circo Voador no Rio de Janeiro, não sei por quê, mas sempre quis tocar lá, mas ainda não rolou. Fora isso, acho que não tem outro lugar. Não somos muito ligados nesse lance de tocar pra muita gente, porque já fizemos isso, é legal, mas o que mais gostamos é estar com quem gosta das nossas músicas, do nosso trabalho, independente da quantidade de pessoas. Acho que tocar em muitos lugares onde a gente ainda não tocou é mais legal do que tocar para grandes públicos. Sei lá, acho que não tem uma unanimidade nisso.
O que vocês andam ouvindo? Quais têm sido as influências da banda e o que vocês indicam pra galera ouvir? Além de Tópaz, é claro!
Ultimamente, não tenho escutado muitas coisas. Na verdade, eu tenho lido mais. Mas de bandas, eu sempre volto para o Local Natives, que eu gosto um monte, The Wombats, que eu acho muito legal, The National, Death Cab for Cutie e tem mais algumas que escutamos. Particularmente, eu não escutei muita coisa diferente ou nova nos últimos tempos, então não tenho nada de muito novo ou revolucionário pra indicar (risos).
Você disse que anda lendo mais. Então, conta pra gente o que você anda lendo e qual seu estilo de leitura favorito.
Eu tô lendo um livro chamado Smartcuts, do Shane Snow, e um livro do Richard Branson, que é o cara que criou a Virgin Records e várias outras empresas. Esses dois livros são o que tenho lido ultimamente. Eu curto muito biografias e livros sobre assuntos estranhos. Nos últimos dias, por exemplo, eu tenho me interessado por neurociência, porque eu fiz uma aula com um cara sobre o assunto e é algo que eu realmente gostaria muito de entender. Provavelmente minhas próximas leituras serão voltadas a esse assunto. Tenho ouvido também bastante audiobooks, mas ainda não me adaptei muito bem, é uma pretensão minha isso (risos).
Vocês participariam de programas de talentos como o Super Star, por exemplo? O que acha desse tipo de programa?
Nunca pensamos em participar, talvez porque no começo tínhamos nossa “autoestima” meio baixa como banda. Sinceramente, nós não nos consideramos uma banda muito boa tecnicamente. Acho que a gente faz músicas legais e músicas muito verdadeiras. Mas eu, pessoalmente, acho que nós íamos nos ferrar em um concurso desses (risos). E eu agora tô desenvolvendo o hábito de assistir esse tipo de programa porque estou fazendo um podcast com o Lucas Lima, e ele curte muito isso e conversamos muito a respeito. Eu nunca tive o hábito de ver, porque não vejo TV, na verdade. Mas agora eu ando assistindo, porque tenho vários amigos participando, e fico muito feliz quando os caras tão lá. Mas não é um tipo de programa que eu me identifico, só fico feliz em ver meus amigos se dando bem lá.
Que dica valiosa você deixa para as bandas que estão começando?
A dica que eu deixo é façam as coisas. Façam as coisas e não falem as coisas. Façam músicas, escrevam, façam festivais, simplesmente façam as coisas. Tem muita gente que fica só falando. O mundo tá cheio de comentarista de twitter e isso é um saco e o mundo não precisa disso. Então a minha dica é façam as coisas. Se vai dar certo ou não, você nunca vai saber se não fizer.
Pra finalizar, uma mensagem que você gostaria de deixar para todos os fãs da Tópaz, que estão lendo essa entrevista agora:
A mensagem que eu gostaria de deixar é apareçam nesse show do Opinião ( 30/08, Bar Opinião, em Porto Alegre)! Esse show é o que temos de mais importante pra banda. Na verdade, o mais importante é que o Cris fique bem, o melhor que ele puder, o quanto antes. Esperamos fazer coisas legais pra vocês. Queríamos agradecer por todo mundo ser tão legal com a gente em um momento ruim, que foi a questão do acidente do Cris, e em um momento tão legal, que foi saber que ele tá melhorando e tudo mais. É realmente bizarro ver a proporção que as nossas músicas tomaram! Obrigado galera!
A equipe do Genteney agradece ao Fly pela entrevista exclusiva. Espero que vocês tenham gostado, porque nós amamos! Fique com a genteney para saber mais sobre a banda, sobre o show da Tópaz em Porto Alegre, e aproveite para ver o clipe da música Se For Pra Tudo Dar Errado:
Patricia Nunes
Entrevista incrível, tentarei comparecer ao show em Porto Alegre!