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Opinião

Broken Machine (2017), de Nothing But Thieves

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Despretensiosamente, como boa navegante que sou, aventurando-me por turbulências dos mares do ciberespaço, obtive conhecimento acerca da incrível produção musical de autoria da banda britânica Nothing But Thieves. Naturais de Essex, na Inglaterra, seus membros constituíram o grupo no ano de 2012. Portanto, trata-se de banda cuja inserção no mercado fonográfico configura-se significativamente recente, haja vista seu primeiro lançamento ter acontecido há quatro anos apenas.

No entanto, não se enganem. Nothing But Thieves detém expressiva qualidade sonora a qual dificilmente averiguamos ao analisar a obra musical de bandas iniciantes, apresentando, concomitante a isto, maturidade no que se refere à condução de sua ainda curta trajetória, todavia, demasiada promissora.

A partir da audição das canções do grupo, somos facilmente reportados à atmosfera melancólica e nostálgica outrora propiciada pelos feitos de bandas norte-americanas e de origem inglesa que obtiveram grande êxito no início do novo milênio, tais como The Killers, The Strokes, The Kooks e Keane, para mencionarmos somente algumas.

Em termos de classificações musicais, Nothing But Thieves encontra-se atrelada à seara da Alternative Rock, mas possui claramente notas de Pop e Indie Rock. Traz à tona belíssimas e complexas composições de letras. Apesar da similaridade musical em relação a outras bandas, o grupo é ímpar e oferta ao Rock britânico da atual contemporaneidade, por intermédio de dois álbuns já lançados, frescor e novos ares – destacando-se exatamente por esta razão.

Nothing But Thieves é originalmente composta por cinco integrantes:

  • Conor Mason (Vocais e Guitarra)
  • Joe Langridge-Brown (Guitarra)
  • Dominic Craik (Guitarra)
  • Phillip Blake (Baixo)
  • James Price (Bateria)

Até o presente momento, a banda lançara dois álbuns de estúdio, ambos pela mesma gravadora:

  • Nothing But Thieves (Sony Music, 2014)
  • Broken Machine (Sony Music, 2017)

Ainda que não detenha grande reconhecimento em território nacional, o grupo veio aqui se apresentar em agosto, mais especificamente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Uma imperdível oportunidade aos admiradores do trabalho destes jovens garotos!

Aproveitando-me desta circunstância, compartilho junto a vocês breve parecer crítico concernente ao último trabalho produzido por Nothing But Thieves, intitulado Broken Machine, lançado no ano de 2017.

– I Was Just A Kid: A primeira faixa de Broken Machine é extremamente ritmada e possui melodia inteiramente demarcada pela forte presença da bateria e alguns memoráveis riffs de guitarra. Uma ótima pedida para single!

– Amsterdam: Seguindo a mesma linha de concepção musical da canção anterior, Amsterdam é animada e conta com a indispensável presença do baixo. Corresponde à primeira faixa promocional do álbum e sua melodia é, de fato, capaz de fazer com que nos apaixonemos por aquilo que a banda ainda irá nos oferecer no decorrer da audição de Broken Machine.

Sorry: Se constitui, tal faixa, como segundo single do álbum em análise. Detêm claras e sutis nuances de batidas pop. Assemelha-se, em alguns trechos, às músicas da era Hot Fuss, épico sucesso fonográfico da banda The Killers, lançado em meados do ano de 2004. Também evidenciamos o uso de sintetizadores sem os quais, certamente, a faixa não se figuraria a mesma. No quesito letra, é tão linda e profunda quanto aquilo que sua melodia nos sugere. Arrisco-me a dizer – ainda que na terceira canção, eu sei, assumo este muito pouco provável risco – que não haveria melhor escolha para promover o disco. “I’m sorry, so sorry for what I’ve done…”.

Broken Machine: A faixa-título é conduzida com base em composição predominantemente pop. O baixo é absolutamente o principal responsável por conceder a ela inegável extravagância. Honra, de fato, ter sido selecionada para nomear o álbum e ser uma das representantes promocionais do disco.

– Live Like Animals: É dançante e tem pegada musical oitentista. Derreta-se pelos alucinantes riffs de guitarra presentes logo após os refrões. Mas, por favor… Recomponha-se o mais breve possível! Sim, há mais para se escutar – e se deleitar, também.

– Soda: É melancólica e possui tendências de crescimento em seu refrão. Conor Mason, vocalista de Nothing But Thieves, demonstra-nos o melhor de seus falsetes. São vocais como estes, presentes na faixa em destaque, que nos fornecem fundamentos necessários à comparação com a incrível atuação de Tom Chaplin, líder da banda britânica Keane.

– I’m Not Made By Design: Sua sonoridade é pesada se colocada ao lado de outras canções até então analisadas. Entretanto, é este o fator que torna sua melodia envolvente e misteriosa. Cabe relembrarmos que este é um dos singles de Broken Machine.

– Particles: Sim, Particles também é single do álbum em voga. Poderíamos descrevê-la enquanto complexo paradoxo, análogo a um adolescente em crescimento: frágil e deveras sutil, faz-se explodir com todo seu ímpeto no mais inesperado momento.

– Get Better: Finalmente – como já era de se esperar de qualquer empreendimento fonográfico – este é o ponto baixo do disco. Isto, pois Get Better configura-se, “sem tirar, nem por”, no dito popular, como o mais do mesmo daquilo que a cena musical de Alternative Rock / Indie Rock já tem nos ofertado há alguns anos.

– Hell, Yeah: Apesar de possuir título bastante sugestivo, Hell, Yeah apresenta melodia mais calma do que os adeptos do inferno poderiam cogitar acolher para si mesmos. O vocal de Conor expressa novamente o quão versátil se constitui. Seja em meio à confusão sonora de pesados arranjos ou em meio às delicadas baladas, sobrepõe-se sempre da mais bela maneira.

– Afterlife: Similar à anterior, a canção é trabalhada com base em melodia suave e encerra, com maestria, a empreitada musical proposta por Nothing But Thieves no decorrer de Broken Machine.

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